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 01 de Maio de 2024

A cada ano, assistimos de forma assustadora a escalada dos episódios de suicídio no mundo todo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, e a cada três, há, ao menos uma tentativa. No Brasil, 12.895 perderam a vida em 2020, número maior do que no ano anterior. 

 

De acordo com especialistas as principais causas para suicídio/tentativas são a depressão, problemas amorosos ou familiares, uso de drogas ou álcool, bullying, traumas emocionais, diagnósticos de doenças. O que vai de encontro com as informações da Associação Brasileira de Psiquiatria que aponta que mais de 98% dos casos de suicídio foram causados por transtornos mentais não tratados corretamente. 

 

Concordo, portanto com o psiquiatra e pesquisador da Fiocruz, Carlos Estellita-Lins, que afirma: “Já passou da hora de se enxergar o suicídio como uma questão de saúde pública!”. Segundo ele “as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde no atendimento desses casos estão a precariedade na formação em urgências psiquiátricas e em suicidologia”. 

 

E considerando este contexto, de dados alarmantes e assustadores, o que tem sido feito para amenizar estes indicadores?

 

Em 2019, registramos um avanço com a sansão da Lei nº 13.819/2019, conhecida como “Lei Vovó Rose”. A norma instituiu a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio e que tem por principais objetivos promover a saúde mental; prevenir a violência autoprovocada garantir o acesso à atenção psicossocial das pessoas em sofrimento psíquico.

 

 

 

Além disso, houve avanço nos investimentos. Somente em 2021, até o presente momento, o Ministério da Saúde adquiriu R$ 649,8 milhões em medicamentos para a saúde mental. 

 

A sociedade organizada não governamental, também vem fazendo o seu papel. E uma das principais ferramentas de apoio no combate ao suicídio é o CVV — Centro de Valorização da Vida, que é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973, e utiliza  diversos canais como chat, linha telefônica (188), e-mail e até mesmo atendimento residencial.(https://www.cvv.org.br/) para dar atendimento a quem necessita.

 

No entanto, ainda é preciso avançar muito, todas as instâncias de governo e a própria sociedade civil precisam reconhecer a gravidade do problema.

  

Reduzir as taxas de suicídio deve, portanto, ser uma prioridade na agenda pública. Precisamos executar estratégias de prevenção efetivas, como as já existentes para outros problemas, como as doenças cardiovasculares, largamente aceitas e financiadas, pois somente assim, poderemos começar a vencer essa guerra.

 

 

 

 

 

Por Diego Libardi

Colunista

 

Diego Libardi é professor; advogado pós-graduado em gestão pública e ambiental; mestrando em direitos e negócios internacionais; ex-superintendente do IBAMA/ES e faz análises sobre políticas públicas apontando caminhos para uma sociedade mais próspera e justa.

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Links Relacionados:1.(https://www.abp.org.br/setembro-amarelo);2.  (https://forumseguranca.org.br/anuario-brasileiro-seguranca-publica/);3.(www.portal.fiocruz.br/suicídio)4.(https://www.abp.org.br/setembro-amarelo);5.      (https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2021/09/saude-lanca-boletim-tematico-sobre-prevencao-ao-suicidio);6.https://www.tuasaude.com/suicidio-na-adolescencia.

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