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 21 de Outubro de 2025

O Big Brother Brasil 25 chegou ao fim carregando um título que nunca honrou: o autoproclamado “Big dos Bigs” termina como um dos maiores fracassos de audiência da história do programa. Com números que mal ultrapassaram a marca dos 17 pontos na grande final — a marca mais apáticas já vista —, a edição ficou muito aquém do que a Globo esperava e do que o público, um dia, já celebrou com entusiasmo. A preocupação agora anos bastidores é que os anunciantes não disponibilizem mais os milhões investidos numa tabela de audiência enviada ao mercado que não aconteceu.
 
O resultado não é fruto do acaso. A falta de carisma no elenco, a ausência de conflitos relevantes e uma narrativa que nunca encontrou tração transformaram o reality em um marasmo televisivo. A cada semana, a impressão era de que o programa se arrastava por inércia, sustentado mais pela memória de glórias passadas do que por qualquer relevância presente.
 
Mesmo as tentativas de revitalização  não conseguiram reverter a curva descendente de interesse. Nas redes sociais, a repercussão era morna; nas rodas de conversa, o BBB perdeu espaço para outros realities, séries e até mesmo fofocas de internet. O fenômeno cultural que um dia mobilizou o país inteiro virou pauta esquecida.
 
Ao fim, fica o retrato de um colosso esvaziado. O “Big dos Bigs” termina como um gigante de papel, derrotado por sua própria pretensão. Se o BBB quiser recuperar alguma relevância nas próximas edições, vai precisar mais do que um bom slogan: vai precisar lembrar o que fez dele um fenômeno — e reaprender a ser, de fato, grande.
 
A Sinfonia do tédio: a pior edição desafinou até na noite final
 
A final do Big Brother Brasil 25 poderia ter sido um grande espetáculo. Um encerramento digno de aplausos, lágrimas e alguma comoção coletiva. Em vez disso, o que se viu foi uma sequência de eventos apáticos, embalados por vozes trêmulas no palco e um roteiro que parece ter desistido de si mesmo. Tadeu Schmidt, com um discurso final anêmico, praticamente lavou as mãos diante de um público que já havia se retirado emocionalmente semanas antes.
 
É sintomático — e quase cruel — que a metáfora sonora da noite tenha sido a desafinação gritante de alguns artistas  para compor o que deveria ser um clímax televisivo. Como se o programa dissesse, com ironia involuntária: se a edição foi desafinada do começo ao fim, por que não manter a coerência até os créditos finais? A dissonância foi total, e não apenas nas notas musicais.
 
Não houve narrativa. Não houve embate memorável. Não houve sequer uma trajetória de superação digna de recontagem. Em outras palavras, não houve BBB. O que se assistiu foi um experimento falho de edição, um Frankenstein de personalidades incompatíveis, histórias que não se encontraram e um público que, com razão, cansou de esperar por algo que nunca veio. A vitória de Renata, ainda que justa dentro do vácuo narrativo que se estabeleceu, chega sem peso, sem lágrimas, sem catarse.
 
A música ruim, nesse contexto, não é só trilha sonora: é alegoria. Cada nota fora do tom, cada melodia mal resolvida, cada refrão que não empolgou refletiu o estado geral do programa — uma produção que perdeu a harmonia com seu público, com sua proposta e, pior, com sua própria essência. O BBB sempre viveu de contrastes, tensões e resoluções dramáticas. Este ano, nada disso existiu.  
 
A tentativa de compensar a ausência de emoção com apresentações musicais foi não só ineficaz, mas contraproducente. A plateia — tanto no estúdio quanto em casa — pareceu se ver diante de um show de talentos que ninguém havia solicitado. O clima era constrangedor, quase burocrático, como uma reunião de encerramento de semestre de um cursinho de teatro amador. A única certeza é que ninguém ali sairá assobiando nenhuma das canções.
 
Ao final, fica a sensação de que o BBB 25 desafinou em tudo o que podia desafinar: na escala narrativa, no tom emocional, no ritmo das dinâmicas, e até mesmo — literalmente — no palco. Um reality que já moveu multidões terminou seu ciclo deste ano sem deixar sequer um refrão marcante. Resta à Globo revisar urgentemente sua partitura para que, em 2026, o público possa voltar a dançar no compasso certo. Porque desta vez, a música parou — e ninguém sentiu falta.
 
O motivo? Tão óbvio, que nem carece comentar.

 

Renata é a grande campeã do "Big Brother Brasil 2025". Com 51,90% dos votos, a sister venceu o reality e levou o prêmio R$ 2.720.000.Foto/Reprodução/GShow

 

 

 

 

 

Com informações https://lobianco.ig.com.br/

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal DN

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