Muriel tem 36 anos de idade e 1,87 metro de altura. 

"A expectativa é muito grande. Eu acredito que a gente pode, sim, trazer esse título", fala à Coluna Pedro Permuy, que não é boba nem nada, minutos depois de descer do palco do concurso, que é coordenado pelo empresário Flávio Rafalski, já coroada.

"Além do físico, a preparação foi muito mais emocional. O concurso de transformista precisa quebrar paradigmas. É uma arte que traz militância e respeito para a comunidade LGBT+", entrega, sobre o passo a passo que adotou para ser a mais bonita do Espírito Santo.

Essa foi a segunda vez de Muriel com o título máximo da beleza gay de um estado. Antes, já foi coroada Miss Mato Grosso Gay e chegou a concorrer na etapa nacional. "Agora vou participar pelo Espírito Santo, que é a 'Casa das Misses", brinca. 

Assim como o certame tradicional, a versão LGBTQIA+ do concurso de beleza não leva em consideração só a estética. Apesar de valorizar a beleza tradicional da transformista, como hoje em dia já não é o padrão entre as drag queens, a perspectiva do que é uma Miss Gay ideal está em movimento de mudança. 

"As pessoas foram evoluindo e trazendo discussões muito mais importantes. O Miss Gay não parou no tempo. Hoje eles querem essa candidata que possa buscar atenção para os nossos direitos para formarmos uma sociedade ainda melhor", termina.

Fonte: Folha Vitória/Pedro Permuy