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Com uma base de apoio ampla, incluindo partidos de diversas tonalidades ideológicas, não surpreende que Renato Casagrande tenha diálogo com mais de um pré-candidato dentro de municípios capixabas. Mas, no caso de Cachoeiro, essa relação se manifesta com algumas peculiaridades.
Ex-prefeito por quatro mandatos, o deputado estadual Theodorico Ferraço é pai do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), que tem pretensão de se candidatar a governador em 2026. Nos últimos anos, os dois têm caminhado na política com mais distanciamento. Entretanto, antes de Theodorico anunciar sua pré-candidatura, houve reuniões do governo estadual com o seu grupo, que hoje abrange os partidos Progressistas (PP), Novo e Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Segundo depoimento de uma fonte que acompanha as movimentações eleitorais locais, o grupo de Ferraço – que deverá ter Júnior Corrêa (Novo) como vice na chapa – não está, neste momento, em diálogo direto com o governo estadual. De todo modo, segundo circula no mercado, Casagrande vê em Ferraço um trunfo para frear o avanço de Diego Libardi (Republicanos), caso a novata Lorena Vasques não consiga emplacar.
Já Carlos Casteglione, que também foi prefeito de Cachoeiro em dois mandatos, deixou, no início deste mês o cargo de subsecretário de Estado do Trabalho, Emprego e Geração de Renda, que ocupava desde 2022. Ele se mostrava disposto a dialogar com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), mas o atual prefeito, Victor Coelho, fechou as portas desde o início.
O petista deverá encontrar um cenário bastante adverso nas eleições deste ano, em uma cidade que deu quase 70% dos votos para Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022. Por isso, a aposta tem sido em uma unificação do campo progressista contra uma provável divisão dos votos da direita. Além da Federação Brasil da Esperança – Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) –, Casteglione conta com o apoio da federação formada por Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e Rede Sustentabilidade.
Mesmo o advogado Diego Libardi, que está em um partido de oposição ao governo estadual, não se distancia totalmente de Casagrande. Libardi tem o apoio dos deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União), que, pelo menos por enquanto, se mantém na base governista na Assembleia Legislativa.
Na segunda-feira (24), Diego Libardi realizou o lançamento oficial de sua pré-candidatura a prefeito. Ele conta com o apoio dos partidos Republicanos, União Brasil, Podemos, Agir, Partido Renovação Democrática (PRD) e Partido Social Democrático (PSD). A ex-secretária de Desenvolvimento Social Márcia Bezerra (PRD) se apresentou como possível vice na chapa, mas a esposa de Dr. Bruno Resende, Rafaela Donadelli (União), também é cotada.
No caso de Lorena Vasques, o desafio é se mostrar competitiva e manter a base de apoio. O Partido da Social Democracia Brasileiro (PSDB) tem conversado com o grupo de Ferraço e poderá mudar de lado nas eleições. O Partido Democrático Trabalhista (PDT) é outra sigla que está na aliança governista.
O vereador Léo Camargo (PL) é o único pré-candidato a prefeito de Cachoeiro que não tem diálogo com o governo estadual. Nas últimas semanas, passaram a circular informações no mercado eleitoral dando conta de que Camargo desistiria da disputa majoritária, devido à falta de recursos do Partido Liberal. Não há nada oficial, mas, caso isso se confirme, a tendência é que o PL mantenha a pretensão de lançar um candidato próprio em vez de apoiar um concorrente de outra sigla.
Com informações Século Diário